segunda-feira, 18 de março de 2013

O amor sempre (te) ganha...


O frio na barriga avisa: O amor está nas nuvens. E mais uma vez você articula maneiras de se desviar das gotas achando que a fachada da primeira loja vai te curar da encharcada. 

Vai pulando as poças, desviando dos que, apressados, te banham e com seus sapatos de plástico acredita: No meu pé não. Sai jurando que da próxima vez não vai esquecer de colocar a capa na bolsa e nem de pegar o guarda-chuva reforçado que seu avô te deu. Bobagem.

Tarde. Os ventos te desapontam e uma gota após a outra vai desmanchando seu cabelo, borrando sua maquiagem e inundando sua roupa. Você se rende até secar.

E mais uma vez não teve jeito, o amor sempre [te] ganha.

Wanderly Frota

domingo, 17 de março de 2013

Quase


Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. 
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. 
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

Sarah Westphal


sábado, 16 de março de 2013

Ausencia...




E aquela respiração foi de uma sensibilidade gigantesca. Muito maior que toda essa conversa que inventaram sobre esperas, espaços distantes e amores que molduram a alma e depois seguem rumos contrários. Muito maior que um sorriso disfarçando o choro. Muito maior que um olhar lembrando a magnitude de um simples abraço. Muito maior. Uma frase que esqueceu de terminar. Uma saudade revirando o avesso, paralisando o passo. Dentro, Marisa cantando “(...) molha Eu, seca Eu, deixa que Eu seja o Céu...” e num lapso de qualquer-coisa-maior-que-tudo-isso a sua ausência configurou todo meu quarto. 


Priscila Rodê


Ê saudade!!

quarta-feira, 13 de março de 2013

A moça soube...



A moça soube desejar o impossível, tocar o distante e enxergar o invisível. Soube sentir o inimaginável e nadar contra a maré. Precisou viver e reviver, mostrar e demonstrar para ter certeza que lutou sem vírgulas nem reticências. Falou absurdos, ouviu dores. Sangrou em silêncio e sorriu no escuro. Aplaudiu em público e amou sem regras. A moça teve um coração de leoa e de passarinho. Foi amada e aprendeu a ser leal. Foi ferida e aprendeu e perdoar. A moça era fibra e seda. Ela quis e não teve. A moça teve e perdeu. Ela se reinventa e cansa. Descansa e recomeça. A moça tem braços delicados que seguram firme. Rosto sereno que desperta inquietação. E soube em meio a tudo isso que não poderia se arrepender por sonhar. E soube que acordar também é preciso para a vida despertar.

Scheila A. Hinnah

terça-feira, 12 de março de 2013

Aindaaaa...


'' Ainda que por dentro fosse tristeza. Não tenho raiva e nem desejo o mal. Longe disso, que sejam todos felizes. Tenho mágoas, muitas, na verdade. Mas repito para mim mesmo,
todas as vezes que lembro delas, com um sorriso do coração: Eu sou melhor que isso... ''

Allax Garcia

segunda-feira, 11 de março de 2013

Apesar de...



''Me distraio e de repente, Deus sorri para mim. Um riso tímido se fosse comparado as minhas expectativas, mas não importa. Um pequeno sinal divino é o impulso que me sustenta no vir dos dias. Confio nas promessas feitas a mim: Plantei com lágrimas, mas colherei com alegria. Ser feliz apesar de... É minha expressão ao amor de Deus.''

Cáh Morandi


domingo, 10 de março de 2013

Hoje eu preciso...

 
Hoje eu preciso de um sorriso largo e verdadeiro. Preciso da leveza daquele tipo de abraço que nos envolve e acalma. Hoje quero estar em Paz com este coração que sente profundamente por tudo, o tempo todo. 

Camila Heloise


sábado, 9 de março de 2013

Inteiras...


De todos os tipos de pessoas que conheci e passaram pela minha vida, eu sempre gostei mais daquelas que sabem nos tocar sem nem precisar encostar um dedo. 
Das que entram inteiras quando a gente já se acostumou com metades.


Camila Costa


sexta-feira, 8 de março de 2013

Mais importante...



"Mais importante que a chegada, é o caminho que a gente leva. 
Se for pra sempre, ou pra daqui a pouco, tanto faz. 
Contanto que me caiba por inteiro, já acho bom. 
É que eu acho que nem todo mundo me cabe. 
Não veja pelo lado egoísta. 
Não seja literal nos fatos. 
Coma pelas beiradas. 
A gente não cabe em todo mundo. 
Algumas pessoas não suportam ser represa com a gente sendo rio." 

Matheus Rocha

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