segunda-feira, 30 de abril de 2012



"Prefiro esbanjar emoções. Mesmo que doa. Mesmo que, um dia, eu possa me arrepender. Meus arrependimentos duram pouco, alguma coisa me cutuca e diz olha, que bom que você fez. Que bom que você teve coragem. Que bom que você sente. Que bom que você tenta. Tentar é se arriscar. E tudo na vida tem metade de chance de dar certo. E a outra metade? De dar errado. Mas não é poupando que você saberá."

Jessy Batista

domingo, 29 de abril de 2012



Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.


Cora Coralina


sábado, 28 de abril de 2012

Sobre Vazios...



Passei muito tempo tentando “suprir meus vazios” até descobrir que o que apertava o meu peito era a quantidade de entulhos emocionais que eu carregava. Eu precisava era do vazio para me sentir internamente arejada e com bastante espaço para crescer. A angústia não é um vazio, é uma corrente que se arrasta. O vazio é uma possibilidade, uma lacuna a ser preenchida. Precisamos de páginas em branco para que nasçam poemas, de recipientes disponíveis, de um coração espaçoso, de uma alma livre, de uma mente aberta. O vazio só existe para os desapegados, para os que suportam e celebram o silêncio que possibilita-nos ouvir os sussurros da intuição e não os gritos infantis dos desejos imediatos. O vazio é uma esperança maciça. Ele não é apenas a falta que nos move e motiva, mas a lembrança mais genuína de que somos seres inacabados e que precisamos nos construir diariamente, incansável e eternamente. O vazio não é um abandono de si, é um reconhecimento do eu, um convite para o Outro, algo que deve ser preenchido temporariamente, dentro do mesmo movimento humano de acordar sempre um desconhecido. O vazio é uma curiosidade que ainda não foi desvendada. É ter braços livres para o abraço que acabará daqui a pouco, mas que ecoará constantemente na lembrança mais bonita. Porque no toque intenso, o afeto estava leve.

Marla de Queiroz


sexta-feira, 27 de abril de 2012




"Nem faço muita questão que as pessoas me conheçam a fundo. Tem gente que não merece o nosso coração aberto. Certas pessoas não precisam conhecer nossa alma. Porque elas nem vão saber o que fazer com tanta informação. Tem gente ruim no mundo, já me convenci disso. Espero que você entenda isso também. E que não sofra tanto ao constatar que nem todo mundo quer o seu bem. Algumas pessoas sentem prazer em perturbar os outros. O que ganham em troca? Não sei. E nem quero descobrir."

Clarissa Corrêa

segunda-feira, 23 de abril de 2012

E o amor?



"E o amor?, você me pergunta. O amor, ah, sei lá. O amor nem dá pra definir direito. Acho que é um desejo de abraçar forte o outro, com tudo o que ele traz: passado, sonhos, projetos, manias, defeitos, cheiros, gostos. Amor é querer pensar no que vem depois, ficar sonhando com essa coisa que a gente chama de futuro, vida a dois. Acho que amor é não saber direito o que ele é, mas sentir tudo o que ele traz. É você pensar em desistir e desistir de ter pensado em desistir ao olhar pra cara da pessoa, ao sentir a paz que só aquela presença traz. É nos melhores e piores momentos da sua vida pensar preciso-contar-isso-pra-ele. É não querer mais ninguém pra dividir as contas e somar os sonhos. É querer proteger o outro de qualquer mal. É ter vontade de dormir abraçado e acordar junto. É sentir que vale a pena, porque o amor não é só festa, ele também é enterro. Precisamos enterrar nosso orgulho, prepotência, ciúmes, egoísmo, nossas falhas, desajustes, nosso descompasso. O amor não é sempre entendimento, mas a busca dele. O amor é uma tentativa eterna."

Clarissa Corrêa



terça-feira, 17 de abril de 2012

Perto e Distante...



Quem garante
Que o que você é
É o que o outro espera de você?
Distante
O que você me diz do que eu sinto
Não sei porque.
Quem garante
Que o que você é
É o que o outro espera de você?
Distante
O que você me diz do que eu sinto
Não sei porque.
Quem garante
Que seguindo adiante eu possa enfim viver?
Sem me comparar
Sem entristecer
Sem tentar mudar
Sem poder entender.
Não dá
Eu vou ter que sair pra poder voltar.
Me ver
Me achar
No seu olhar
Pra entender o que é o gostar.
Me ver
Me achar
No seu olhar
Pra entender o que é o gostar.
Quem garante
Que o que você é
É o que o outro enxerga?


Tiê


segunda-feira, 16 de abril de 2012

Que Deus me ouça...


"Que Deus ouça as preces que lhe dirijo quando amanheço revigorada e anoiteço tranquila. Quando consigo manter uma relação mais gentil com as lembranças difíceis que, às vezes, ainda me assombram. Quando posso desfrutar do contentamento mesmo sabendo que existem problemas que aguardam eu me entender com eles. Quando não peço nada além de força para prosseguir, por acreditar que, fortalecida, eu posso o que quiser, em Deus."

Ana Jácomo


domingo, 15 de abril de 2012

Que comece agora...


Que comece agora. E que seja permanente essa vontade de ir além daquilo que me espera. E que eu espero também. Uma vontade de ser. Àquela, que nasceu comigo e que me arrasta até a borda pra ver as flores que deixei de rastro pelo caminho. Que me dê cadência das atitudes na hora de agir. Que eu saiba puxar lá do fundo do baú, o jeito de sorrir pros nãos da vida. Que as perdas sejam medidas em milímetros e que todo ganho não possa ser medido por fita métrica nem contado em reais. Que minha bolsa esteja cheia de papéis coloridos e desenhados à giz de cera pelo anjo que mora comigo. Que as relações criadas sejam honestamente mantidas e seladas com abraços longos. Que eu possa também abrir espaço pra cultivar a todo instante as sementes do bem e da felicidade de quem não importa quem seja ou do mal que tenha feito para mim. Que a vida me ensine a amar cada vez mais, de um jeito mais leve. Que o respeito comigo mesma seja sempre obedecido com a paz de quem está se encontrando e se conhecendo com um coração maior. Um encontro com a vontade de paz e o desejo de viver.

Caio F. Abreu


sábado, 14 de abril de 2012

No Silêncio


Mergulhada no silêncio dos que se observam... Um filme, um livro, uma música, um acontecimento convencional que mexeu mais do que o normal e essas coisas de achar que eu não sou deste planeta, mas que apenas estou nele: eis a minha necessidade de aceitação. Mas sei também que pessoas são Universos e que eu, o sendo, tenho que cuidar para que esteja confortável nele, ou seja, em mim. Chorei quando estava triste, senti saudades fundas, dei gargalhadas de situações absolutamente normais, tive ideias “geniais”, abracei, fui acariciada, fiquei aninhada no amor, depois me enrosquei com a solitude... Fiz tudo o que quis e pude. E percebi cada um destes sentimentos e minhas reações a eles. Mas o que percebo, é que a alegria que mora em mim clama por vida, não somente pelo sossego; clama pelo dinamismo, pelas mudanças, pela sobriedade, pela esperança. O que há de irremediável não se cura com placebos. Se eu rejeito é porque não quero. Se eu recebo é porque já participa de algo aqui dentro. Minhas ambições são apenas estar com a roupa adequada para quando eu sumir nesta estrada, nunca sentir que minha intuição e o meu coração estão desagasalhados...


Marla de Queiroz


sexta-feira, 13 de abril de 2012

Minha transparência...


 Talvez eu nunca tenha sentido as coisas assim, tão genuinamente: a raiva, o amor, a alegria, a tristeza, a ansiedade, o afeto, o sexo. As minhas emoções têm emergido sem qualquer filtro, sem qualquer disfarce. E pela primeira vez eu me permito ficar com elas dando a cada uma a importância que me pedem, porque elas não me governam, são apenas emoções, essa é a minha transparência...

Marla de Queiroz

!!!Bem eu mesma!!! Marla é sempre fantástica nas colocações...


Pesadelos...


Porque eu tenho pesadelos que parecem tão reais até quando você me abraça. E eu acordo triste, e brigo de verdade e passo o dia grave e dolorida como quando a gente leva um tombo no piso liso...que é só o passado. 
Acho isso tudo de uma crueldade atroz. Estou cheia de um afeto confuso... Afeto pelo que era, angústia por já ter sido de outro alguém e aquela sensação (imbecil) de falta de exclusividade. Eu que sempre achei que tudo é e está para o mundo. Perdoa o meu senso de autoimportância, já que não consigo perdoar o meu egoísmo. Eu sei que em alguns presentes, no embrulho, laços do passado são aproveitados. Eu só queria que eles não fossem tão vermelhos: desses que doem nos olhos e no coração.

Marla de Queiroz


quinta-feira, 12 de abril de 2012



Eu vejo a mim, espelho dessa realidade ao alcance dos meus olhos. E minhas mãos tocam tão pouco no que está sujo e sem higiene. Mas eu vejo que será um dia bonito, apesar e por causa de tantas mobilizações, tanto dinamismo. Eu vejo mudanças,eu vejo a esperança espreitando o mundo. Eu vejo o amor ainda como solução. Que se ainda não é árvore e fruto, é semente vindoura. Eu vejo... E enxergar já me traz dádivas e a percepção da minha responsabilidade nesta Roda Gigante... Girante. 

Marla de Queiroz


quarta-feira, 11 de abril de 2012

E de viver demais ainda morro...


Um dia eu vou morrer pela minha transparência e pela minha mania de ser e estar100% em tudo queestou e sinto.
Se for dentro de uma xícara pequena que eu tiver que caber, de uma maneira esquisíta nenhum pedacinho meu sobrará pelas bordas. Se for num espaço grandioso ou oceano, cada gota d'água terá a mim, e eu serei uma gota e também o todo.
Sou grande. Pequena. Me atiro. Me prendo. Pulo. Seguro.
Remoo dores antigas pra superar as novas e nessa cara fica escancarado todas as dores e alegrias. Todas conquistas e derrotas. Toda intensidade e apatia.
Cabem todas as sensações aqui.
E eu insisto em ser transparente, sem saber se há forma de ser de outra forma. Talvez num ato insano, nem sequer querendo ser de outra forma.
E eu danço com vultos. E entro em danças que não sei dançar e fico parada no meio da pista olhando os casais rodopiando sem saber pra que lado devo levar o pé.
E pulo em precipícios sabendo ser precipício e sem usar um pára-quedas que me amorteça a queda.
E caio como diz uma amiga minha "com a cara esborrachada no chão", sacudo a poeira e na próxima montanha esqueço totalmente o tombo anterior e pulo de novo.
E nessa de sobe e desce, de cara limpa e vento batendo no rosto eu sinto o céu e o inferno.
E ouço músicas feias pra embalar meus apertos. E descubro gostos. E aprendo de mim. E relembro das coisas que falo sem dizer, e me odeio, e me sinto pesada, e me sinto leve.
E sobrevivo pra tornar morrer várias vezes.
E a minha transparência maldita continua assim, deixando a carne viva à mostra, e colocando barro no meu rosto para que nenhuma lágrima caia sem ser gritada pra quem olhar.
E de mãos dadas com a intensidade ela segue seu curso de flores, chuva, céu, inferno, e um dia acabam me explodindo, porque um corpo só é pequeno demais para caber tanto de tudo.


Camila Lourenço


terça-feira, 10 de abril de 2012

Aprendendo...


Sou uma espécie de conselheira sentimental dos amigos. Todos os dias ouço histórias de amor. Histórias de amor que estão começando, outras terminando. Todas iguais dentro das suas diferenças. Amor e egoísmo. Amor e medo. Amor e abandono. Amor.
Todos os tipos de pessoas, diferentes personalidades, as mais variadas maneiras de encarar as coisas da vida. Seres distintos. Idade, cultura (ou a falta dela), gênero. Todas movidas por essa coisa enorme que de repente invade a vida de cada um e toma conta de tudo. E depois vai embora. Ou não.
Curioso é perceber como as pessoas reagem ao fim dos relacionamentos. Algumas se mostram tão fortes, outras se fragilizam tanto que parece que não vão conseguir continuar a viver sozinhas. Algumas ficam se culpando, se martirizando desnecessariamente. Outras logo, logo partem para outra, literalmente. Essas são, ao meu ver, as que conseguem aproveitar melhor a vida. Vivem o que tem pra viver, sofrem, choram, mas se erguem e saem lutando contra moinhos de vento. 
É assim, sempre. É quase que um circulo vicioso. Os relacionamentos começam, são lindos por um certo tempo, depois começam a desgastar-se até que um dia chega a hora derradeira do adeus. O bom é que mesmo sofrendo horrores algumas pessoas não perdem a doçura. Não desistem de ser quem são por ninguém. Enfrentam as dores de maneira diferente, em intensidade diferente. Passa. Sempre passa. Dia após dia sentem-se melhor, mais forte.
Passamos a vida toda atrás de amor. Mesmo não admitindo isso. Procuramos incessantemente por alguém que nos complete. Que nos faça felizes. E essa pessoa chega. Faz o que tem que fazer na nossa vida, depois vai embora. E ninguém morre por causa de um coração partido, isso eu aprendi. Sempre surge uma pontinha de esperança e um amor novinho em folha. No tempo certo. 


Paulinha (Blog Se não derruba fortalece)


segunda-feira, 9 de abril de 2012

Eu desejo...


“Eu desejo que desejes ser feliz de um modo possível e rápido. 
Que desejes uns sonhos descabidos e que, ao sabê-los impossíveis, não os leve em grande consideração, os mantenha acesos, livres de frustração. 
Desejes com fantasia e atrevimento, estando alerta para os milagres, para o imponderável da vida, onde os desejos secretos são atendidos. 
Mas desejo também que desejes uma alegria incontida. 
Que desejes mais amigos, e nem precisam ser melhores amigos, basta que sejam bons parceiros de esporte. 
Desejo que desejes vitórias, romances, diagnósticos favoráveis, mais dinheiro e sentimentos vários.
Mas desejo, antes de tudo, que desejes.”

Martha Medeiros



sábado, 7 de abril de 2012

Existem pessoas...


Existem pessoas que de tão urgentes, devoram o mundo. Existem aquelas que de tão imediatistas, vivem tudo de uma só vez e continuam produzindo vazios. Existem pessoas, que se vulnerabilizam com tal facilidade que são consumidas pela ausência. Existem as que apenas têm sede de vida e aproveitam cada minuto, crescem com cada tropeço e levantam revigoradas e prontas para sorrir de novo. Pessoas assim, são urgentes para o amor, mas têm suavidade para vivenciá-lo. Elas se apaixonam por pessoas, circunstâncias e trocas. E gargalham de verdade. E abraçam de verdade. E absorvem o Outro para apreendê-lo, não para sugá-lo. Essas pessoas sentem com o corpo todo, gostam com o coração inteiro. E ainda, dão muito afago, não economizam elogios e são assertivas e cuidadosas em suas críticas. 
Existem pessoas que nos acolhem com o que há de mais precioso em alguém: com o seu Ser Inteiro Estando.

Marla de Queiroz


terça-feira, 3 de abril de 2012

Então escrevo...


Essa semana tem tudo para ser especial, porque moro na felicidade dos que são gratos por qualquer coisa, dos que transbordam emoções e falas... Mesmo transitando por diversas tribos, inclusive na minha toda maluca: de gente louca, linda, musical e lírica que respira, compra e vende dança... Estou grata porque não poderia ser diferente. 
Meu olhar tem invadido os acontecimentos com compreensão, profundidade e o que vejo, enxergo. E o que toco, abraço. E o que me instiga, amo. E o que me estimula, valorizo. E o que me desafia, supero. E o que me canta, danço. E o que me invade transbordando, escrevo!

Inspirada na lindíssima Marla de Queiroz!
(Adaptações contextuais)

By Flor


Wedding Tickers

Personare

Seguidores