sábado, 31 de dezembro de 2011

Estiando...


Teto cinza, semiventos. Olhares turvos, cotidianos. Coração amanheceu desorientado, chuvoso. Com beiradas e um horizonte do lado errado, fazendo dúvidas. Às vezes dói qualquer passo, qualquer alarme em falso faz noite. Esgarço um sorriso negligente, aparto a neblina e tento com alguma pouca manha, entender o que existe no depois das nuvens que de tão adensas, escondem o melhor das circunstâncias: meu eixo. Tentativas como essa, geralmente atravessam todos os nossos princípios. Então é preciso não ligar tanto para acasos e indícios, adaptar coragens e, espairecer. Na distração das chuvas, costuma nascer o Sol que de tão dentro e pouco só, vai fazendo dia.
Às vezes a vida anuncia somente um terço da sua alegria. Só um. É preciso enxugar as entrelinhas. Estiar.


Priscila Rôde


sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Só pra isso...


Deixarei rosas e saudades na janela das tuas noites...
Para que você sinta ao exalar a essência da minha doçura e a eternidade dos nossos momentos...
Só pra isso!

By Flor


Wedding Tickers

Solidão...


Solidão todo mundo sabe o que é, já experimentou pelo menos uma vez na vida. Tem gente que se rende, tem gente que foge. Mas essa menina carente que é a Solidão - grande ironia - não gosta de ficar sozinha. Às vezes ela traz o medo, a angústia, a dor, fazendo parecer terrível sua existência. Fere os mais vulneráveis. E quando a solidão decide ficar sem machucar? E quando você descobre que é sozinho sim, mas isso não é questão de escolha ou castigo? E se isso não for a pior coisa do mundo, como parece? A solidão não é um bicho de sete cabeças, não é necessariamente uma coisa ruim. Talvez eu ficar sozinha seja o melhor pra todo mundo. Enquanto eu sentir isso, permaneço aqui, no papel. Ser só é ótimo para as articulações dos dedos.
A solidão, quando toma conta assim de alguém, quando não dá outras alternativas, passa a ser mais de uma solidão. Tem solidão de gente, de espaço, de vida. Plural de solidão é vazio existencial. Mas eu estou viva, não estou? As pessoas estão todas aí, não estão? Só me falta somar ao invés de substituir e viver ao invés de escrever. Dá licença, vou até ali fazer diferente.

Verônica H.


quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Vai Passar...



‎"Eu sei que dói. É horrível. Eu sei que parece que você não vai agüentar, mas aguenta. Sei que parece que vai explodir, mas não explode. Sei que dá vontade de abrir um zíper nas costas e sair do corpo porque dentro da gente, nesse momento, não é um bom lugar para se estar."

VAI PASSAR! 


Via Jeessy B.



quarta-feira, 28 de dezembro de 2011


Investir no sossego do próprio coração é algo tão complexo por causa da sua simplicidade. Porque ser simples é uma das coisas que mais dificulta a nossa vida. Investir no sossego do próprio coração é não abrir uma brecha, que poderá virar uma represa, para alguém que não está disponível afetivamente. É prestar atenção nos sinais e indícios que a pessoa dá, logo nos primeiros encontros, do tamanho do sofrimento ou da alegria que ela poderá lhe proporcionar. É saber-se só em quaisquer situações, mesmo acompanhado, pois as consequências de nossas escolhas são absolutamente nossas.
Investir no sossego do nosso próprio coração é saber que aquilo que está doendo deverá ser extirpado e não manter apego ao sofrimento, por mais que o uso do bisturi cause quase a mesma dor. É proporcionar-se bons momentos divorciando-se de tantos lamentos. É não adiar sofrimento postergando decisões tão necessárias. É não se acomodar com a falta de excitação pelas coisas, pessoas, trabalho. É saber-se merecedor de experienciar um amor inteiro, intenso, extenso, imenso, verdadeiro... Recíproco! É aumentar, um pouquinho a cada dia, o seu tamanho. É ter a certeza e a confiança de que as coisas têm um encaixe, mas que é preciso deixar ir, ou ir ao encontro, ou conformar-se com o desencontro, ou esquecer, ou lembrar-se de outras coisas, ou relacionar-se de outra forma.
Investe no sossego do próprio coração quem não rumina o que machuca, quem não fica descascando a ferida impedindo que a mesma cicatrize, quem não se disponibiliza de maneira subserviente e em tempo integral ao ponto de ser desvalorizado ou descartável, quem não aceita menos do que merece: coisas pela metade. Investe no sossego do próprio coração quem sofre, grita, chora, mas cresce! Quem não se repete, quem se surpreende consigo mesmo, quem trabalha o desapego, quem se abre para as coisas que possuem mais calor e sensibilidade.
Investir no sossego do próprio coração é coisa que não vem com a idade, mas com a ideia de que se pode vivenciar um momento de paz e repouso, é desocupar o peito para abrir espaço para o novo, é entregar-se ao desconhecido com inocência e totalidade, é não ter medo de pronunciar verdades, é ser honesto consigo, com o outro.
Investe no sossego do próprio coração quem não se contenta com pouco.
*
*
Marla de Queiroz


terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Sempre existe uma janela...


No final do túnel existe uma janela. Talvez você precise antes passar por uma sequência interminável de portas fechadas e treinar seus ouvidos para som da batida de cada uma delas, mas não deixe de caminhar. Eu sei que não tem a menor graça andar no escuro, e por não saber nada sobre o caminho, algumas vezes você irá tropeçar. Mas lembre-se, que é justamente essa coragem de andar por um lugar desconhecido e adquirir habilidade para se curar de cada tombo, que fará você começar a enxergar aos poucos frestas de luz. E pode não parecer, mas o som de cada porta se fechando um dia irá soar como música aos seus ouvidos. A canção de quem aprendeu a ler as esperas. De quem aceitou a partitura da fé e aprendeu a tocar as notas no momento adequado, na afinação de Deus.

Fernanda Gaona


segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Quando se ama de verdade...


Quando se ama de verdade, abdica-se de muitos prazeres, de muitos caminhos, de muitas outras escolhas sozinho para se fazer tudo junto... Pois o sentimento de união anula a vontade de qualquer outro contato que não seja à dois.
Quando se ama de verdade à resposta a luta diária é sempre "sim" e a frase usada para todos os dias com obstáculos é a de superação: "Nós vamos conseguir". A superação se dá todos os dias...
Quando se ama de verdade, existe o cuidado, o carinho, o respeito, a cumplicidade, o companheirismo, a fidelidade e a amizade. O amor é feito de vários ingredientes e não somente o sentimento...
Quando se ama de verdade há entrega, intensidade...
Ninguém ama desamando e nem pela metade...
Ou é 100% ou não existe amor. Pois o que é verdade não acaba, pode diminuir, pode ficar apagado com os problemas e desentendimentos, mas, a chama está lá dentro para reacender...
Quem está aberto para o amor, pratica a caridade, esquece o orgulho, pisa no egoísmo, abdica e se doa...
Existem pessoas que não sabem o significado desta palavra e nem ao menos vivenciou isso na vida, são seres humanos vazios de alma e que usam do amor dos outros para se alimentarem de algo lhes falta... Depois de alimentados vão embora, como vampiros, sugam daqui e dali o que há de melhor nas pessoas, deixando rastros destroçados e pessoas dilaceradas...
Depois de uma vampiresca passagem, aos cacos vou recolhendo meus pedaços e mesmo com toda a dificuldade, não sei ser de outra maneira que não seja guiada pelo afeto e pluralidade do amor que me transborda...

By Flor


Wedding Tickers

domingo, 25 de dezembro de 2011

No escuro...


O estrago foi total, abalou todas as minhas estruturas, desconsertou meus sentidos, dilacerou meu coração...
As forças esgotaram, não há nada que se faça, que dê sentido a alguma coisa.
Corpos se repelem, bocas se criticam, sentimentos se sufocam. 
Sofrimento estabelecido, dor profunda e marcante.
Nos olhos lágrimas que jorram, no chão um rio que se forma...
Muita dor, muito desassossego...
O rumo se perdeu no instante em que se escolheu o caminho perdido...
O engano, a tentação, o pecado, a promiscuidade, tudo que foi ruim, tudo que se fez mal.
Existe muita escuridão em meio aos escombros, a luz passa a quilômetros de distância e eu aqui toda machucada com tantas paredes e pedras...
Fico pensando se em meio a todo esse caos e essa destruição, existe alguma possibilidade de enterrar tudo, fazer um novo jardim e plantar novas flores para que volte o sorriso dentro de mim...

By Flor


Wedding Tickers

sábado, 24 de dezembro de 2011

Enquanto é Natal...


“Eu vim para que todos tenham vida,
que todos tenham vida plenamente”
(Jesus Jo 10 , 10)


Enquanto é Natal,
deixe o espírito da generosidade se espalhar,
não se esqueça dos desvalidos que nada tem,
que esperam pelo pão como em todos os dias do ano.
Aqueles que cruzamos e parece que não vemos,
os pedintes de toda a sorte que esquecemos.

Enquanto é Natal,
deixe o espírito da solidariedade se espalhar.
Visite o doente esquecido no leito de um hospital,
o albergado que se esconde da miséria,
o presidiário recluso, esquecido, desiludido,
o idoso recolhido no asilo das nossas emoções.

Enquanto é Natal,
deixe o espírito da perseverança se espalhar,
sem esquecer de mais de 1 bilhão de pessoas passam fome,
e não será diferente nessa noite.
Enquanto alguns se fartam em mesas onde sobram alimentos,
os pobres esperam pela migalha que cai ao chão,
restos da nossa hipocrisia.

Se comemoramos o aniversário de Jesus,
porque não agimos como Ele?
Porque não sair pelas ruas buscando os doentes,
dividindo o pão, curando enfermos da alma,
conversando sobre as coisas do céu,
mostrando uma parte do caminho,
revelando um pouco da verdade,
levando a vida,
como Ele fez.

Enquanto é Natal, seja luz,
distribua o seu melhor, espalhe a boa Nova,
Ele vive e está entre nós,
buscando quem tenha olhos de ver,
corações dispostos ao trabalho de plantar esperanças,
semear amor para colher um mundo melhor.
Enquanto é Natal, feliz Natal.

Ele acredita em você


Paulo Roberto Gaefke



sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Quero ser flor...



A vida que tem lá fora gritou e eu não ouvi. Agora me movo a passos curtos, ziguezagueando por entre mudas de flores recentes que querem ser botão. Eu quero ser flor: quero terra viva que se mova e me faça mover.

Verônica H.


quinta-feira, 22 de dezembro de 2011


Herdeira de um eu desarmado, arraigado e gigante, às vezes, enfraqueço. Alguma parte minha fica ao meio. Qualquer recolhimento quando dura muito tempo, produz distâncias, ligações vazias e resumos retraídos de mim mesma. Preciso me esconder em um território próprio, amplo. Experimentar a minha nova dose. Perdoar meus hábitos no final do dia, virar os copos. Preciso me recolher até o tempo de ficar grande de novo e pegar o caminho de volta - o novelo, o ponto certo, o outro, a chave. Devolver-me. Voltar palavra, bem maior que a estação que me fez ficar em silêncio e friável por tanto tempo - e nesse momento, explicar parece desnecessário, pequeno. 

Priscila Rodê

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A culpa foi minha...


Só que aí eu acabei mudando. E foi mudança aos poucos, porque até hoje me dou conta de coisas minhas que já não estão mais lá e, quem roubou, eu jamais vou saber. O sorriso mudou e a vontade de sorrir pra qualquer pessoa também, graças a Deus. Foi por sorrir tanto de graça que eu paguei tão caro por todas as coisas que me aconteceram. Às vezes me pego olhando ao meu redor e vendo tanta menina parecida comigo. Tanto sentimento gritando de bocas caladas e escorrendo de peles secas. Tanta coisa acontece com a gente. Tanta gente passa pela gente, mas tão pouca gente realmente fica. E eu sei que, talvez, eu tivesse que ficar triste. Talvez eu tivesse que continuar secando lágrimas, abraçando o vento e rindo no vácuo, mas o fato é que eu não consigo. Eu não consigo mais ser triste só para mostrar que um dia eu fui - ou achei que tivesse sido - feliz. Aprendi com os meus próprios erros que sofrer não torna mais poético, chorar não deixa mais aliviado e implorar não traz ninguém de volta. Aprendi também que por mais que você queira muito alguém, ninguém vale tanto a pena a ponto de você deixar de se querer. Eu que gritei para tantas pessoas ficarem, hoje só quero mesmo é que elas sumam de uma vez por todas. E em silêncio, que é pra ninguém ter porque se lamentar.

Autoria Desconhecida


segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Precisa-se...


De pessoas que tenham os pés na terra e a cabeça nas estrelas.
Capazes de sonhar, sem medo seus sonhos.
Tão idealistas que transformem seus sonhos em metas.
Pessoas tão práticas que sejam capazes de tornar suas metas em realidade.
Pessoas determinadas que nunca abram mão de construir seus destinos e arquitetar suas vidas.
Que não temam mudanças e saibam tirar proveito delas.
Que tornem seu trabalho objeto de prazer e uma porção substancial de realização pessoal.
Que percebam, na visão e na missão de suas empresas, um forte impulso para sua própria motivação.
Pessoas com dignidade, que se conduzam com coerência em seus discursos, seus atos, suas crenças e seus valores.
Precisa-se de pessoas que questionem, não pela simples contestação, mas pela necessidade íntima de só aplicar as melhores idéias.
Pessoas que mostrem sua face serena de parceiros legais, sem se mostrar superiores nem inferiores, mas iguais.
Precisa-se de pessoas ávidas por aprender e que se orgulhem de absorver o novo.
Pessoas de coragem para abrir caminhos, enfrentar desafios, criar soluções, correr riscos calculados sem medo de errar.
Precisa-se de pessoas que construam suas equipes e se integrem nelas.
Que não tomem para si o poder, mas saibam compartilhá-lo.
Pessoas que não se empolguem com o seu próprio brilho, mas com o brilho do resultado alcançado em conjunto.
Precisa-se de pessoas que enxerguem as árvores, mas também prestem atenção na magia da floresta: que tenham a percepção do todo e da parte.
Seres humanos justos, que inspirem confiança e demonstrem confiança nos parceiros, estimulando-os, energizando-os, sem receio que lhe façam sombra e sim orgulhando-se deles.
Precisa-se de pessoas que criem em torno de si um ambiente de entusiasmo, de liberdade, de responsabilidade, de determinação, de respeito e de amizade.
Precisa-se de seres racionais. Tão racionais que compreendam que sua realização pessoal está atrelada à vazão de suas emoções.
É na emoção que encontramos a razão de viver.
Precisa-se de gente que saiba administrar COISAS e liderar PESSOAS.
Precisa-se urgentemente de repensar um novo ser...

Autoria Desconhecida


domingo, 18 de dezembro de 2011

Mais velha...


Estou mais velha.
Minha pele já não é mais a mesma, nada é tão firme... mas, em contrapartida, acho que fiquei mais macia, menos rígida, meu lado de fora mais parecido com meu lado de dentro. Tenho texturas mais delicadas, embora eu seja hoje tão mais consistente.
Os anos me tornaram mais tolerante, menos pretensiosa, mais feminina...
E... sem aquela velha “sensação de poder” tenho me percebido tão mais a vontade!

Solange Maia


sábado, 17 de dezembro de 2011

Fora de moda...


Se não estivesse fora de moda eu ia falar de amor. Daquele amor sincero, olhos nos olhos, frio no coração, aquela dorzinha gostosa de ter muito medo de perder tudo. Daqueles momentos que só quem já amou um dia conhece bem. Daquela vontade de repartir, de conquistar todas as coisas. Mas não para prendê-las no egoísmo material da posse. Mas para doá-las no sentimento nobre de amar. 
Se não estivesse fora de moda eu ia falar de sinceridade. Sabe, aquele negócio antigo de fidelidade, respeito mútuo e outras coisas mais. Aquela sensação que embriaga mais que a bebida, que é ter numa pessoa só, tudo o que procuramos em muitas. 
Se não tivesse fora de moda eu ia falar em amizade. Na amizade que deve existir entre duas pessoas que se querem. O apoio, a solidariedade de uns pelas coisas dos outros e vice-versa. A união do sentimentos, a dedicação de compreender para depois gostar. 
Se não estivesse tão fora de moda eu ia falar em família. Sim, família! Essa instituição que atualmente vive a beira da falência, sofrendo contínuas e violentas agressões. Pai, mãe, irmãos, irmãs, filhos, lar... Um canto de paz no mundo, o aconchego da morada, a fonte do descanso. 
E depois eu ia até falar algo como felicidade. Mas é pena que a felicidade há muito tempo esteja fora de moda.


Autoria Desconhecida



sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Não se pode ter paz evitando a vida...



"É maravilhoso quando conseguimos soltar um pouco o nosso medo e passamos a desfrutar a preciosa oportunidade de viver com o coração aberto, capaz de sentir a textura de cada experiência, no tempo de cada uma. Sem estarmos enclausurados em nós mesmos, é certo que aumentamos as chances de sentir um monte de coisas, agradáveis ou não, mas o melhor de tudo, é que aumentamos as chances de sentir que estamos vivos. Podemos demorar bastante para perceber o óbvio: coração fechado já é dor, por natureza, e não garante nada, além de aperto e emoções mofadas. Como bem disse Virginia Woolf, “não se pode ter paz evitando a vida.” 


Ana Jácomo


quinta-feira, 15 de dezembro de 2011


"Seus olhos pesam e seu coração já bate fraco. De tanto que bateu a vida inteira. De tanto chorar amor e fracassos. De tanto chorar pelo leite derramado você decide que se entender é complicado demais. O quente queima e o frio é gelado demais, vai o morno mesmo que não causa sensação alguma e no momento você não tem sequer condições de sentir algo. Sentir dá trabalho e trabalho acarreta uma série de responsabilidades. Responsabilidade é chato demais e não aquece seus pés nos dias frios." 


Fernanda Mello


quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Aceitações...


"Resolvi aceitar algumas coisas da vida, sem dor. Ninguém vai ser como você sonha, não espere consideração nem que os outros façam o que você faria. Não espere que valorizem seu esforço. Não espere que lhe ofereçam a mão. Apenas viva. Aceite que é preciso deixar o orgulho de lado e dizer preciso-de-você-agora. É preciso entender que o outro é diferente e de vez em quando ele vai lhe magoar (e você precisa lidar com isso, senão vive só). Não espere compreensão. Não espere que a vida seja fácil. Nem sempre ela é. Não espere para viver, tem coisa que não volta." 


Clarissa Corrêa


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Desamor...



Desamor sempre dói.
Mas tenho aprendido que é dentro da gente que encontramos o acalanto para essas horas, na sombra da vegetação interna, é nela que nos agarramos.
Se por dentro formos resumidos, não há onde se amparar.
É por isso que, diante da dor, a gente vê nascer força tão grande em pessoas que pareciam tão frágeis. Porque têm floresta imensa por dentro.
E quando providos assim, perder, de alguma forma, 

vira ganhar.

Solange Maia



segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O que não é...




‎"Não gosto muito de quem mostra ser o que não é. Mesmo porque uma hora a cortina fecha. Uma hora o show termina. E a gente tem que fazer malabarismo para manter a pose, para não errar o tom. É difícil viver o tempo todo nessa corda bamba. Eu não consigo. Deve ser por isso que as pessoas gostam ou não gostam de mim. Nunca vi alguém dizer que gosta de mim mais ou menos. Ou eu agrado ou incomodo as pessoas com meu jeito. É que meu jeito é bem diferente. Se eu gosto fica carimbado na minha cara. E se eu não gosto fica estampado no meu rosto e na minha cara de nojinho. Não sei forçar uma cara boa." 


Clarissa Corrêa


sábado, 26 de novembro de 2011

Milagre...


“Milagre é quando tudo conspira contra, mas Deus vem de mansinho e com um sopro leve muda o rumo dos ventos. Milagre é quando o incerto nos abraça depois de nos atingir cruelmente com sua fúria. É quando respirar vira quase um suspiro de alivio e a vida devolve o sorriso como forma de retribuição por todo sofrimento. É o instante teimoso que resiste bravamente a um duro percurso e mantém-se em pé amparado pela força divina. É a decisão que escapa de nossas mãos, mas que antes de cair agarra-se com toda força a uma segunda chance. Milagre é o improvável gesto de carinho que impulsiona o ser humano a não deixar de acreditar.”


Fernanda Gaona

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

De como me sinto agora...



Eu gostaria de poder levar esse momento pra vida toda
Esse é o meu momento, me tornei viva
Porque viver não significa que você está vivo
Mas posso dizer que essa é a hora
Encontre a sua...
Porque todo mundo morre, mas nem todo mundo vive!



Wedding Tickers

quarta-feira, 23 de novembro de 2011


Muito fácil proferir um lindo discurso sobre fé e confiança na vida, difícil é entregar ao Poder Superior seus passos e colocar ação nas tuas palavras. Quando se é contrariado, quando se vive uma frustração, no lugar da esperança, colocamos um profundo ressentimento e cumprimos com maestria o papel de vítima dos acontecimentos. Muito fácil arranjar um réu que nos tire a responsabilidade do crescimento. Muito fácil amparar um amigo dizendo que a cura está no tempo, difícil é acreditar que o tempo vai passar e que haverá cura nele quando a dor está em nós. Fácil demais insistir naquilo que já pressentimos ou até temos certeza de que não nos serve mais, difícil é se comprometer com o seu amor-próprio e se livrar do peso que é tentar mudar quem não deseja mudança alguma. Sempre teremos uma justificativa, um bom motivo ou um argumento irrefutável para prolongar a nossa infelicidade. Admitir que não temos as coisas sob controle é doloroso e quase inaceitável. Usamos a manipulação para tudo. E este movimento é sempre muito sutil, às vezes, até inconsciente. Mas é preciso estar preparado. A vida não nos avisa com antecedência se os próximos instantes serão de alegria ou sofrimento, mesmo quando achamos que estamos fazendo tudo certo. Mas quando há a entrega, quando há uma certa evolução espiritual, uma confiança de que tudo é instrumento para o nosso melhoramento, as adversidades não se tornam menos desconfortáveis, mas a consciência de que esta também é passageira, nos faz focar numa solução, não chafurdar no problema...
Estive chafurdando no problema até que tudo se tornasse cansativo demais e eu me lembrasse que estava sendo leviana ao proferir meu discurso otimista e bem-resolvido sobre tudo. Quando tive que colocar ação nas minhas palavras, descobri que a nossa crença deve ser renovada diariamente e que não vivemos apenas do acaso. Mesmo que você tenha encontrado seu grande amor na esquina de uma rua qualquer, foi preciso que você andasse até lá, mesmo que você tenha conseguido o emprego que almejou, foi preciso que alguém te indicasse ou que estudasse o suficiente para tê-lo. Mesmo que você tenha perdido um ente muito querido e não consiga ver possibilidade de restauração desta perda, existem outras pessoas nascendo no mundo e que vão cumprir sua missão nesta existência dentro do tempo concedido a cada um. Eu nunca vi lamentações resolverem problemas, nunca vi relações baseadas na carência pura darem certo ou desempregados conseguirem emprego desaguando suas desgraças numa entrevista.
Estou escrevendo isto tudo porque preciso me lembrar de continuar sendo grata, humilde, ousada e corajosa. E a não ser leviana com as palavras, com meus leitores. Antes de ser conselheira sentimental, eu preciso ter o meu emocional resolvido. Antes de opinar sobre um texto alheio, eu preciso ter um mínimo de embasamento. E pra todas as coisas temos que usar a honestidade.

Por isso eu vim aqui, agora pra me lembrar dessa gratidão, porque foi ela que me deu tudo de mais precioso que tenho. Porque ser grato é ser também merecedor.

*
*
Marla de Queiroz


Ela sempre diz as palavras certas, na hora em que preciso ler!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Pois...


Pois “que nos deixem quietos, que quietude é armazenamento de força e sabedoria, daqui a pouco a gente volta, a gente sempre volta, anunciando o fim de mais uma dor – até que venha a próxima, normais que somos”.
Que assim seja...

Autoria Desconhecida!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Corações e corações...


Eu erro.
E se eu erro por ser tola
erro mais porque tento muito.
Porque não desisto
não me frustro, não me condeno.
Só os grandes sabem reconhecer
a significância dos seus erros
porque não há nessa vida
do que não se possa extrair beleza.
(tento acertar a direção da retina).
Erro tanto que chego a duvidar,
mas nunca o suficiente para desistir.
Apreendo do mundo suas nuances
suas diversas facetas;
Muitas delas me divertem
(outras, confesso, nem tanto)
Erro muito por ser serelepe
bicho inquieto achando que,
se não por esse,
algum caminho, dá pé.
Quem sabe errando tanto
eu não acumule pontos tantos
que possam ser trocados
no balcão do fim dos dias
por um acerto tamanho p?
Um acerto de consolação?
Um dia eu aprendo.
Ou morro tentando.
Porque na persistência
para perseguir acertos,
há corações e CORAÇÕES.

By Flor



Wedding Tickers

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

As querências do dia...


Muitas vezes é só um beijo que eu quero. Um abraço apertado que me faça esquecer do mundo aqui fora e que desencadeia uma fila de sorrisos. Muitas vezes, é muito pouco o que eu quero. Uma conversa sincera, um aperto de mão, um sim no lugar do não.
Muitas vezes é só um agrado bom. Um passeio de mãos dadas, um namorinho no cinema. Uma ducha fria depois de uma tarde risonha. Um cheiro que me acorda lembranças. Um colo que me dê vontade de ficar morando dentro. 
Muitas vezes é tão pouco o que eu quero. Uma voz do outro lado da linha dizendo que me ama. Um olhar que consente. O orgulho que é posto de lado, dando espaço pra compreensão. 
Muitas vezes é tão pouco o que eu quero.

Cris Carvalho


domingo, 9 de outubro de 2011

Confesso...


“Confesso que ando muito cansada, sabe? Mas um cansaço diferente… um cansaço de não querer mais reclamar, de não querer pedir, de não fazer nada, de deixar as coisas acontecerem. Confesso que às vezes me dão umas crises de choro que parecem não parar, um medo e ao mesmo tempo uma certeza de tudo que quero ser, que quero fazer. Confesso que você estava em todos esses meus planos, mas eu sinto que as coisas vão escorrendo entre meus dedos, se derramando, não me pertecendo. Estou realmente cansada. Cansada e cansada de ser mar agitado, de ser tempestade… quero ser mar calmo. Preciso de segurança, de amor, de compreensão, de atenção, de alguém que sente comigo e fale: “Calma, eu estou com você e vou te proteger! Nós vamos ser fortes juntos, juntos, juntos.” Confesso que preciso de sorrisos, abraços, bons filmes, paciência e coisas desse tipo. Confesso, confesso, confesso".

Caio Fernando de Abreu


Personare

Seguidores