quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Natal...



O Amor ultrapassa os limites da razão e da ideologia, e faz com que o indivíduo passe a ver o Natal, não só como uma triste data convencional ou uma jogada de marketing do capitalismo, mas também como MAIS uma oportunidade de desejar a plena felicidade às pessoas especiais e reiterar o quanto essas pessoas são importantes em sua vida; faz com que a gente esqueça que a figura cômica do Papai Noel é apenas um mero incremento para o insano consumismo típico da época e passa a encará-lo como uma forte energia que zela pela paz da pessoa amada;
Natal também é saudade...


Writer newbie


sábado, 20 de dezembro de 2008

Reflexões de um ano que passou...



Esse ano, confesso que aprendi bastante com as pessoas ao meu “redor”. Pude reafirmar e confirmar algumas certezas e perceber coisas importantes. Foi um ano em que fui odiada e acusada por uns, ignorada por outros e amada pela maioria (Graças à Deus!!).
Mas, quer saber? Pouco me importa o que as pessoas pensam ou fazem a meu respeito. Eu tenho plena consciência de quem sou e do que faço e não me arrependo de nada e nem tenho motivos para pedir desculpas...
Dentre as coisas que aprendi/percebi esta o ser humano como ponto principal. Percebi que as pessoas não reagem bem ao ouvir verdades. Que elas não admitem que algo seja dito, simplesmente por se saberem daquela forma.
As pessoas só querem ouvir aquilo que as agrada, e por isso, a verdade parece doer imensamente.Reconfirmei o quanto as pessoas são egoístas e insensíveis. Que elas se acham sempre certas e fazem de tudo para saírem “bem na fita”, não importa por quem ou onde tenham que passar. Que as pessoas só pensam em si e esquece-se de todos os que estão ao redor.
Descobri o quanto as pessoas podem ser hipócritas e o que o medo da perda pode fazer. As pessoas, quando pensam que vão perder, querem concertar tudo, mas não concertar de fato, apenas deixar de uma forma que se sintam bem, não importando mais ninguém. E isso as deixa ainda mais insensíveis, pois elas acham que o mundo deve girar ao seu redor... Como se só o seu próprio umbigo existisse na face da Terra.
Percebi também que, quando as pessoas não estão satisfeitas com alguma situação (causada por elas mesmas, muitas vezes), elas querem que as coisas mudem, mas não sabem pedir desculpas. Porque elas se acham muito superiores para tal “humilhação”.
Enfim, esse ano aprendi que pessoas que algum dia tiveram algum valor para mim, antes de perderem o valor, me ensinaram e mostraram muitas coisas. E sabe, sou agradecida por todo e qualquer ensinamento. E me sinto mais forte para continuar meu caminho. Sem falar que, com o “apoio” de sua raiva, me sinto mais forte também para continuar desabafando e escrevendo aquilo que me dá vontade e me satisfaz.
É fato que o ano que está para acabar me deixará ensinamentos que jamais esquecerei. Ensinamentos que vierem com dor, mas que me ajudaram a crescer. Mas também tive ensinamentos que vieram com sorrisos, momentos que me fizerem feliz e acontecimentos que levarei para a vida inteira como os melhores possíveis.
Foi um ano que, do início ao fim eu amei. E amei muito (e continuo amando...). E me senti muito amada. Um ano em que tive pessoas ao meu lado a cada vez que chorei ou sorri, que pude fazer também parte da vida de pessoas muito especiais e que compartilhei com elas bons e mals momentos...
Também foi um bom ano com as minhas aulas, meu alunos... Aliás, conheci pessoas incríveis... Aprendi “técnicas”, formas e jeitos de levar a dança... Abri meus horizontes e percebi que preciso abri-los ainda muito mais...
Na academia fiz alguns bons amigos e fortaleci a amizade com quem já participava da turma. Passei bons momentos nos bailes da vida. Conversei muita besteira com esse povo, ri muito e discuti bastante na hora das coreografias. Enfim, foi legal.
Entristeço-me apenas, por não ter curtido tanto outras amizades, como as de tempos e tempos atrás. Vimo-nos tão pouco. Cada um tinha sempre algo para fazer, para estudar, trabalhar... Os horários nunca batiam e o ano vai acabar e nós não nos encontramos. Mas nem por isso deixaram de ser pessoas extremamente especiais na minha vida.
Foi um ano que não vi minha irmã, que nem pudemos matar a saudade e nos conhecer melhor... Foi um ano que conheci uma amiga especial chamada Myla, que dividiu comigo todos os momentos do ano, foi meu travesseiro, meu ombro amigo, minha pequena grande amiga que alegrou meu coração e me trouxe lições inesquecíveis... (Amor + Amizade + Cumplicidade...).
Foi também um ano que me senti mais próxima dos meus pais. Onde conversamos coisas que jamais imaginamos conversar. Esclarecemos alguns pontos e encerramos outros...
Um ano muito difícil em todos os aspectos, porém que me trouxeram bagagens pesadas de vida, coisas que jamais me esquecerei...
No contexto geral o ano que vai acabar foi um ano bom... Como todos, tiveram alguns momentos ruins, algumas lágrimas, porém vários momentos bons e muitos sorrisos... Vários aprendizados. Muitas coisas para levar adiante e várias outras para não lembrar mais. Espero que o ano que vai começar possa ser melhor ainda!


By Flor

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Chuva



Acho que nunca estive preparada para esses dias invernais em pleno verão. E hoje ao levantar-me com a esperança no olhar e de bem com a vida apesar dos transtornos que ela costuma nos trazer, ouvi o barulho da chuva que ao embalo do vento quase batia nas janelas. Ao aproximar-me apreciei pelo vidro os grossos pingos que caíam transformando o céu, numa faixa branca e tão brumosa que me deu a sensação que a natureza toda se preparava para alguma transformação importante. Via fascinadas as árvores vigorosas, as folhas que se balançavam e as flores que pareciam se alegrar com a água que corria em fios trazendo-lhes fonte de vida e umedecendo-as. Ao lado disso, lá longe enxergava uma pessoa que em dia de folga, parecia se regozijar com a liberdade que usufruía.
Recordava-me de quando criança, brincava, esquecida de tudo o mais, poças d’água respingando as pernas nuas e a alegria traduzia-se no sorriso espontâneo. E muitas vezes enquanto na praia esperávamos a volta do sol, interrompida por uma chuva de verão, a água do mar se tornava quase instantaneamente mais aquecida como para compensar essa arte e reação da natureza. Tudo isso passava na minha cabeça enquanto a chuva caía quase torrencialmente, trazendo uma nostalgia que me levava a reminiscências ternas e prazerosas.
Quando a paisagem se tornou mais limpa e pude divisar um céu menos carregado, percebi o quanto à chuva transformara cada um dos elementos que eu admirava e que eram fontes de energia e símbolo de beleza. E quanto mais olhava mais admirava como sempre o planeta maravilhoso.
Repentinamente tudo me entristeceu porque me lembrei de várias ocasiões em que vira transtornada, o quanto o frio e a tristeza é capaz de desabrigar famílias e fazer criancinhas sentirem um frio que pode levá-las à morte.
Sei que a chuva foi feita para irrigar a terra e fazê-la esplendorosa e saudável, dando aos homens alimentação e fonte de vida e que a miséria, ao contrário foi construída pela displicência e incoerência, que pouco a pouco tomou conta do mundo de uma forma alarmante, transtornando padrões e desintegrando leis de bondade, tolerância e altruísmo.
Esse dia que amanheceu frio e pálido fez-me pensar em beleza, equilíbrio, força, fascínio, sonho e amor reconfortante aquecendo um dia sem sol. Também me recordou o apogeu da paixão, a ventura de momentos especiais cercados pelo silêncio de um dia chuvoso com o barulho candente e ritmado que marca seu úmido compasso. Mas finalizou na tristeza de saber que milhões de pessoas, irmãos de caminhada, não desfrutam do enlevo de um dia de chuva e o que ele pode proporcionar de magnético e encantador. Reconheço que em todos os pormenores da vida os contrastes são avassaladores e nada é pleno ou transbordante. A chuva... Tantos pensamentos, sentimentos, dores, alegrias, impotências e a esperança sempre renovada de que as prendas da natureza possam alcançar todos os seus filhos... Como seria justo, compreensível e humano.


By Flor

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Sensibilidade brota dos poros...



Ser sensível nesse mundo requer muita coragem. Muita. Todo dia. Esse jeito de ver além dos olhos, de ouvir além dos ouvidos, de sentir a textura do sentimento alheio, tão clara, no próprio coração. Essa sensação, às vezes, de ser estrangeiro e não saber falar o idioma local, de ser meio ET, uma espécie de sobrevivente de uma civilização extinta. Essa intensidade toda em tempo de ternura minguada. Esse amor tão vívido em terra em que a maioria parece se assustar mais com o afeto do que com a indelicadeza. Esse cuidado espontâneo com os outros. Essa vontade tão pura de que ninguém sofra por nada. Esse melindre de ferir por saber, com nitidez, como dói ser ferido. Ser sensível nesse mundo requer muita coragem. Muita. Todo dia. Essa saudade, de fazer a alma marejar, de um lugar que não se sabe onde é, mas que existe. Essa possibilidade de experimentar a dor, quando a dor chega, com a mesma verdade com que experimenta a alegria. Essa incapacidade de não se admirar com o encanto grandioso que também mora na sutileza. Essa vontade de espalhar buquês de sorrisos por aí, porque os sensíveis, por mais que chorem de vez em quando, não deixam adormecer a idéia de um mundo que possa acordar sorrindo. Pra toda gente. Pra todo ser. Pra toda vida.



Eu até já tentei ser diferente, por medo de doer, mas não tem jeito: só consigo ser igual a mim.


Ana Jácomo.

domingo, 14 de dezembro de 2008

A alegria voltou...



De repente a alegria volta a percorrer nosso sangue e nos carrega para um mundo, mas colorido, diferente de tudo que antes nos vislumbrou. É como se acordássemos na alta madrugada e vivêssemos dentro daquele raio de luz que habita as frestas das janelas, que nós enxergamos enquanto permanecemos perdidos no escuro.
É quando aquele sorriso nos encontra com muito mais vigor e energia, e, nós apenas nos rendemos aos seus encantos. Nem que seja por alguns minutos, acostumamo-nos a caminhar sozinhos novamente.
No início, isso consiste numa tarefa bastante complexa, porém, com o tempo, transforma-se em uma nova e deslumbrante vitória.
Vitória essa, construída com amor, carinho e dedicação, superiores aos relacionamentos passados. E a lembrança da dor será tão insignificante, perto da felicidade presente, que se reduzirá a um pequeno emaranhado em nossas vidas.

By Flor

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Dançando ao meu redor...



Danças em meu redor, como uma chama eterna que não se apaga, envolves-me no teu mistério e fascinas-me com os teus enigmas, inebrias-me na bruma de sentimentos perfumada de ti, perturbas-me e estimulas-me o desejo, com a sensualidade que dos teus dedos nasce, prendes-me e confundes-me nas tuas palavras cheias de códigos secretos, encantei-me na magia do teu olhar doce de mel, onde me vi ao espelho, voando contigo, na quietude imensa que é a tua alma de anjo, quando num impulso me ofereceste o prazer de um beijo teu.
Procuro a chave que abre a porta, mas apenas encontro uma íngreme e esburacada estrada, feita de silêncio e saudade, onde apenas a luz do Amor me conforta, sinto-me frágil, envolta em medos e sentimentos inconfessados, encontro-me contigo, nas dúvidas que também são minhas, enlaço-me nas tuas incertezas, caminho ao lado da tua nobre sensatez, de mãos dadas com a insegurança, sou cúmplice dos receios teus, agora também meus.


Autor Desconhecido

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Homenagem aos queridos campeões... RAFAEL BARROS & CARINE MORAIS


Amigaaaaaaaa... Não tenho palavras que descrevem o momento de alegria que tive ao ouvir o anúncio do seu 1º lugar, as lágrimas simplesmente tomaram conta e eu só gritei mais uma vez entre inúmeras outras... É Campeã... Parabéns por todo esforço, por toda dedicação, vocês foram maravilhosos... Sei o quanto superou seus limites, o quanto lutou, o quanto "chorou" de dores por não conseguir ensaiar, porém, mesmo assim foi "guerreira" e esse título não poderia escapar das tuas mãos...Estou muito orgulhosa de você amiga!! Muito mesmo!! A HUMILDADE foi decisiva nesta conquista, continue sempre assim com esse seu jeito ímpar de ser (amiga, alegre, brincalhona, explosiva, guerreira... rsrs)...Te amo amiga!! Fica com Deus!!
Bjos estalados...
By Flor

6º Congresso Mundial de Salsa


Dias - 13 a 16 de novembro de 2008.
Local - CLUB HOM´S

Site - http://www.salsacongress.com.br/
Site - http://www.salsa.com.br/

* Aulas, bailes, shows e muito mais...
O Maior Evento de Salsa da América so Sul!
Em 2008 com uma grande novidade: Além de toda a programação de um dos maiores eventos de salsa do mundo, agora apresentam também:
- Brazil Samba Congress 2008

- Brazil Zouk Congress 2008
- Brazil Tango Congress 2008

IMPERDÍVEL...

By Flor



quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Abençoado Amor...




Abençoado amor... Que chegou de mansinho…
Me enredou em seus carinhos como uma fina teia,
Rompendo suave e persistente as minhas barreiras…
Vencendo meus medos e receios tolos,
Curando as cicatrizes que a vida fez em mim,
Afastando o medo de tentar… De sofrer outra vez
Ah! Abençoado amor… Que chegou pequenino…
Numa fria noite de uma madrugada solitária,
Que invadiu a minha vida entrando pelos meus olhos
Se fez presente numa “certa” noite pelos toques dos seus dedos
Ganhou espaço no meu coração a cada palavra trocada...
Abençoado amor…
Que tomou o tempo em suas mãos…
Fez do nosso tempo sem tempo…
O alimento para esse amor antes pequenino…
Que nesse tempo nosso… Vingou… Cresceu…
Agigantou-se dentro de nossos corações.
Abençoado amor… Que está hoje na minha vida…
Que preenche meus vazios… Alegra minhas horas…
Ilumina minhas noites antes tão solitárias...
Transforma meus dias em esperança de constantes realizações,
Que me faz acreditar na felicidade plena…
Que brilha no meu céu feito estrela guia…

Ah! Abençoado e louco amor…
Que fez do meu corpo o seu porto seguro
Da minha alma a cúmplice dos seus devaneios
Do nosso desejo, a partilha de nossos sentimentos...
Que me tem... Que se dá pra mim…
Vive em mim e me deixa viver em você…

Abençoado amor…
Que descompassa meu coração,
Quando pousa seu olhar em mim...
Arrepia a minha pele quando me toca…
Me emociona quando me aperta em seus abraços,
E me diz que sou sua… Fêmea… Sua Mulher!
Ah!Abençoado amor!!!!

By Flor

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Você Agora...



Hoje eu acordei pra você. Acordei pra te fazer perder e me achar à frente. Eu me pintei de cores de seduzir suas pernas nas minhas cadentes de te fazer cair do rebolado. E me vesti de amores pra te prender no meu peito, mesmo que você, meio sem jeito, se prenda nos arames do nosso medo inconstante. Coloquei imãs na pele pra te atrair à minha parede carne quente do seu calor sensível. Corei o hálito do sabor do seu desejo que só quer o meu desejo, mas não sabe me dizer. Eu te beijo. Com a mesma boca que despertou pro seu sabor, que sente falta da sua língua e que passeia pelo seu pescoço sem medidas. Nesse nosso ritmo descompassado, com esse sentimento velado, eu só quero te seduzir com aquilo tudo que você quer ser seduzido no meu corpo. Não quero mais saber dos nossos amanhãs, eles já me fazem mal. Não quero te dar importância. Quero esquecer seus números, suas mãos e sua cor. Não quero lembrar da sua pele na minha e das matizes inebriantes dos seus olhos-estrela. Mas eu quero imprimir na ponta dos seus dedos todas as impressões perdidas na minha digital. Hoje eu acordei pra você. Hoje eu decidi não te perder. Mas a chuva desfez meus planos. Borrou meus desenhos cor púrpura, desfez meus laços, molhou meus sapatos. Hoje eu acordei pra você. Mas o mundo dorme lá fora.

Clarice Carvalho

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Você em mim...



Me perco em você

Escapo perdida em seu beijo

Me deixo levar pelo seu toque

Me encontro onde o sentir é imenso

E só seu abraço me alcança

Só seu apoio me encontra

Me leva até tudo

Me traz de mansinho

Me olha quieto

Me cobre com bocas

Que nem sei bem de onde vem

Conhece caminhos meus

Onde só o seu corpo é exato

Quando me encontra

Quando me leva contigo

Me deixa esquecida em seus olhos

Procuro o segredo do que faz em mim

Procuro guardar o que sinto

Não quero perder seus olhares

Não quero deixar que se vá

O que sinto quando me toca

E te sinto em mim é tão perfeito

Que pode o tempo esquecer

E nos deixar por aqui

Com suas mãos me envolvendo

Conhecendo cada espaço

Descobrindo o que já sabe

Marcando meu corpo com o seu

Trocando nos olhos o eterno

Toda sua em cada toque

Sou inteira para você

Você para sempre só meu...


sábado, 8 de novembro de 2008

Olhos...


Olhos que enxergam a claridade e a escuridão do mundo, que vêem, que piscam, que choram e sentem...
Olhos que refletem a felicidade e a luz de um momento de paz...
Olhos que te seduzem,
Olhos que te invadem,
Olhos que te penetram,
Olhos que te dominam,
Olhos que te perdoam,
Olhos que te criticam,
Olhos que te amenizam,
Olhos que te confortam,
Olhos que te imortalizam,
Olhos que te desejam,
Olhos que te observam,
Olhos que te abraçam,
Olhos que te beijam,
Olhos que te cercam,
Olhos que te comentam,
Olhos que te despem,
Olhos que te devoram,
Olhos que te conhecem,
Olhos que te imaginam,
Olhos que te clamam,
Olhos que te veneram,
Olhos que te conduzem,
Olhos que te torturam,
Olhos que te enlouquecem,
Olhos que te castigam,
Olhos que te mastigam,
Olhos que te mordem,
Olhos que te chupam,
Olhos que te embaraçam,
Olhos que te ameaçam,
Olhos que te vêem,
Olhos que te perdem,
Olhos que te acham,
Olhos que te transformam,
Olhos que dizem muito mais do que palavras e sentem muito mais do que toques...


By Flor

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O efeito do teu corpo sobre o meu...



























Completamente Tua
Completamente MeuEntreguei-me a ti toda Nua
E meu corpo no teu renasceu.

Corpos colados
Desejos atiçados
Lençóis desarrumados
Vontades incontroláveis
De dois amantes sedentos
Cheios de tesão
Cheios de emoção
Cheios de vida
E se amando de coração.

Malicia no teu jeito de olhar
Provocante sou eu a te esperar
Sacana em despir sem me tocar
Abusada ao tirar toda a minha roupa e te chamar
Sintonia ao primeiro toque
Carinhoso quando toca o corpo meu
Ansioso, gostoso, cheiroso.
Quero que me provoque
Sentindo meu prazer com o teu.

Na hora da cama
Temos no olhar
O doce e o picante
Uma mistura eletrizante
Que busca o orgasmo
Estudamos um ao outro
E nunca gozamos por acaso.

Me perco em teu afago
Na tua presença marcante
Me ofereço ao teu toque
Encantada com essa nossa essência forte
Ousado ao explorar minhas curvas
Eufórica com a proximidade do ato
Audacioso ao navegar pelo meu dorso
Extasiada com a seqüência dos gestos
Me entrego as carícias de quem me ama
Perdidos, alucinados, enfeitiçados, apaixonados
Somos assim nós dois na cama.

Tens no momento de me seduzir
Um jeito de agir
Uma forma de insistir
Que me impede de fugir
Quero ficar, quero gritar, quero sentir
Só você conseguiu e consegue me traduzir.

Te embriago com meu cheiro, com meu gosto
Me alucina tua fragrância, teu sabor
Sobre o teu corpo eu me revelo tua gueixa
Rebolo, enlouqueço e perco o pudor
Você me tem, me possui e me faz sentir teu peso
Corpo molhado, todo suado, sob efeito do nosso amor.

No instante do nosso calor
Temos uma indecência que se mistura com doçura
No beijo molhado a troca de salivas
Delícia sentir teu gosto
No abraço o amasso
Marcas de unhas eu te faço
No escuro do quarto
Fazemos amor com trilha sonora
Sem noção do tempo que passa
Entregues sem querer saber da hora.
Amamos entre quatro paredes
Conhecemos juntos o melhor de nossas vidas
Somos unidos pela carne, no melhor do gozo...
Te deixo ensandecido pela mulher que te mostro
E você me deixa sem fôlego pelo homem que me realiza, que me completa, que me surpreende.

É uma questão de pele,
De cheiro,
De sabor,
Me dou por inteira
Sou tua
Completamente entregue ao seu amor.

E sou assim só pra ti
Outros corpos nunca receberam
Essa intensidade, esse tesão, esse amor...
Saiba que você é a senha
Olhe nos meus olhos e procure ver o que ainda não leu...
Só sou assim contigo, porque esse é o efeito do teu corpo sobre o meu.



By Flor

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Algemas...




Estou presa a ti
Avassalador amor
Coisa que nunca senti
Sou teu passo
Sigo teu rastro
Perco-me no teu compasso
Sempre presa em teu laço
Mãos atadas
Estou algemada
E completamente entregue a você
Emoção sentida
Mesmo presa
Liberdade sentida
Contigo sou inteira
Amo plenamente
E me dou
De qualquer maneira
Somos o encaixe perfeito
E Deus foi o responsável
Responsável por esse feito
Somos a letra e a melodia
O amor e a poesia
Somos partes de uma engrenagem
Que separadas são peças inertes
Juntos movimentamos nosso mundo
E produzimos o nosso amor
Então me prendo a você
Porque estando presa
Sou livre
Para te amar, viver e sonhar...
De corpo e alma
Sempre, sempre e sempre voltarei...
Pras tuas algemas e me renderei.


By Flor

domingo, 2 de novembro de 2008

Você ainda vai tropeçar no seu orgulho e cair na minha cama



Eu tenho um buraco aberto no peito. Um prego foi responsável por ele. A ausência do prego por muito machucou de morte esse peito aberto. E você se achou no direito de pegar sua faca e reabrir essa ferida. Você chegou de mansinho, me colocou no seu colo e achou que podia brincar. Esburacar, meu amigo, não é brincadeira. Um peito aberto merece respeito. Uma dor merece atenção. Mas você só conseguiu olhar por sobre esse vão e esqueceu de enxergar o peito que o forma. Muitas dores são sem valia. Muitas palavras nada dizem. Mas eu quis acreditar. Quis crer que você não tinha uma faca. A ilusão me deu imagens agora desagradáveis de um sopro acalentador na ferida recorrente. Eu me entreguei, você me usou. E estabelece um jogo diário sem time, sem dupla, sem regras, sem padrões. Não movi minhas peças, mas você continuou fazendo seus pontos. Eu não sou um tabuleiro de xadrez. Tire suas mãos sujas de lama da minha côxa. Arranque dos meus quadris seus olhar de desejo reprimido. Destrua as palavras dúbias que ainda moram no meu ouvido. Não me deixe mais permitir você me invadir. Eu me ative a fios de teias, você as teceu sem licença. A queda, meu amigo, não faz parte de mim. A fumaça do seu cigarro não vai dissipar a impureza do seu caráter. O encontro de retinas é sombrio. E você tinha uma faca. Fez uso dela sem parcimônia e esqueceu que feridas abertas incomodam. Você tem, agora, suas mãos sujas com meu sangue. Pode disfarçar, lavar, limpar, mas o cheiro do metal ensanguentado não vai sair de você. Você ainda vai lembrar do som do meu sorriso e da cor da minha escova de dentes. Seu jogo não me engana mais, não me perturba mais. Estabeleça quantos contatos telepáticos quiser. Pule na minha mesa e rasgue meus papéis. Atropele meus passos sem pressa, sem medo. Conte segredos ao vento pra que eu possa escutar. A ferida faz parte de mim. Sua faca não me mete mais medo. Eu sentei e fumo meu cigarro. Você ainda vai tropeçar no seu orgulho e cair na minha cama.

Clarice Carvalho

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Amuei...



Quando a saudade espreita em lugares inesperados, eu escondo-me dela, procuro refugio longe dos resquícios de ti, que ainda guardo em mim e que o tempo ainda não levou.
Fecho a porta da alma, e deixo-me levar nas asas da deslembrança, tento não pensar, tento sorrir para dentro perante tudo aquilo que me deixa triste, resguardo-me do mundo, corro as cortinas do sonho e bloqueio a magia.
A sós comigo, tapo-me com a ausência, dou descanso ao corpo inquieto e sedento do teu, apago da pele a lembrança dos teus beijos molhados de paixão, relaxo os músculos, que se contrai em uníssono com os pensamentos incandescentes que me rodeiam a mente.
Desprendo-me das memórias esquecidas de aromas e sabores teus, que ainda sinto espalhados na pele, olvido-me do meu querer e alieno-me do desejo contido neste momento de loucura, em que o fogo que tenho dentro me consome.
Estou exausta... Preciso esquecer-me de mim, para não pensar mais em ti.

By Flor

sábado, 25 de outubro de 2008

Lições de Vida...

















Não sei por que lhe escrevo.
Aliás, eu nem sei se lhe escrevo!
Acho que me escrevo
Que de você me exorciso!
Não lhe escrevo porque,
Quando escrevo
Como em tudo que faço,
Coloco a alma, o sentimento.
Você tem alma?
Sabe da alma humana
Ou sabe só de você?
E sentimento!?
É algo que você não entende,
Que você não vive,
Portanto, não corresponde!
Sentimento é algo grande demais
Para a sua pequenez.
É assim mesmo...
Existem pessoas, como você,
Que nasceram para pequenas coisas
E, das quais, não se pode esperar as grandes,
Pessoas que são como pequenas pedras
Que apesar da aparência inofensiva, pequena
Quebram vidraças
Incomodam dentro do sapato...
Que estão aí para nos mostrar
Que nem tudo é maravilha!
Papel triste esse seu,
Desejo triste esse meu
Que quis dar-lhe outro papel!
Mas não me importo.
Você pode ser pequeno
Mas eu sou grande!
Obrigada por, na sua pequenez,
Ter me dado uma grande lição
É doido, mas me faz aprender!...
Vai passar...
E essa pedra não vai incomodar tanto!
A vidraça, eu troco
O sapato, eu tiro, limpo e calço novamente
A vida continua...
Com erros e acertos!
É assim que nós crescemos...


Mena Morena

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Sem Você...

Sem você, nunca poderia falar em nós, e o eu sozinha morro de solidão... Sem você, não haveria ninguém para me corrigir, e sem correção eu não cresceria. E o que não cresce está morrendo. Sem você, não teria ninguém pra receber o que tenho. E o sentido de tudo, está em dar e servir e não em guardar para si...
... Sem você, eu perderia a arte de falar e quem não fala já não vive mais. Sem você, não teria ninguém para amar, e sem amor não se é amada. Sem você não saberia o que é um sorriso, pois o meu próprio não posso ver e sem sorriso teria que acreditar que sou apenas espinhos. Sem você, não haveria ninguém para me ouvir, e um coração fechado é casa sem luz. É querer andar sem ter caminhos...
... Sem você, eu viveria eternamente sem pergunta e sem resposta, e o que seria de mim diante do silêncio? Eu me transformaria em silêncio também. Sem você, nem teria nome, e o anônimo é estar ausente da vida... E se mesmo me desse um nome... Chato seria não ser chamado por ninguém. Sem você, não haveria ninguém para me desejar um bom dia ou para me dar os parabéns. Eu seria um deserto nunca visitado... Ser pisado pode ser melhor do que nunca ser visto.
... Sem você, eu não poderia perdoar ninguém... E sem perdoar não se é perdoado. Mais eis que você existe... Enviado como um presente precioso. Todo deserto é belo porque sempre tem uma fonte em qualquer parte. Você veio ser fonte de alegria e de vida nova. Você veio acabar com a solidão e trazer uma comunhão de vida, deixei de ser deserto e comecei a ser fonte também...
Você veio garantir que minhas perguntas terão respostas. Você veio garantir que quando minhas forças faltarem, poderei contar com as suas. Você veio garantir que sou amada e o quanto sou feliz por te amar também...



By Flor

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Intensa...

Intensa... Se tivesse que me definir em uma única palavra, seria esta palavra à marca de minha vida... Intenso é o meu desejo, intensa é a minha forma de amar, é a minha alegria e capacidade de contagiar, é a minha forma de dançar, de ousar, de criar, de gritar, de chorar, de falar, de sentir, de ferir, de me arrepender, de enlouquecer, de “surtar”, de brigar, de calar, de olhar, de (tantas coisas)... Sou assim querida, amiga, sofrida, carente, doente, contente, alucinada, amada, calada, cheirosa, gostosa, medrosa, confusa, obtusa, que abusa que lambuza, que me usa e me acusa... Sou vítima, bandida, ardida... Eu falo demais, penso demais, sou impulsiva, tenho “toc”, manias, fórmulas, regras, planilhas, planos e metas. Preciso conversar, desabafar, colocar os pingos nos is, acertar tudo, esclarecer... E precisa ser sem demora, na minha hora, da minha maneira, correta e faceira, sem eira e nem beira, quando me dá na telha. Por que sou assim, esta é a minha crença, minha essência, de corpo e alma sempre intensa...


By Flor

sábado, 12 de julho de 2008

Ainda desnorteada...



Preciso com urgência das sobras das minhas tardes, tardes estas que me alucinam hoje, de saudades. Sinto falta dos pedaços dos meus domingos. Da noite, os retalhos são partes da minha consciência que, mesmo estando sozinha, me reciclam.
Preciso dos fragmentos de noites que me agonizam lentamente. É tua presença insistente que ainda me faz sentir. Esta é a razão porque preciso de um sorriso...
Quero fechar a ferida. Quero estancar o sangue. Quero arrancar de mim esta lembrança nostálgica. Enquanto acaba a noite quero apagar da lembrança, pesares que só aumentam aflições! Os sigilos guardados aliviaram minha ilusória nudez!
Há sempre uma vontade de retornar e de relembrar o caminho de volta. As trilhas fracassadas, não desejaria percorrer novamente. Poderia mudar tudo! A maquete da vida é sempre transformada pelos nossos desejos, o que não impede de criar outras mais completas. Tudo que se cria tem algo de que se aproveita. A felicidade está em tudo! O lugar adequado é aquele que nos faz bem. Estas palavras de mel envoltas de amor é mais uma forma de gostar da vida! De repente vem uma vontade danada de amar... Amar minhas crônicas... meus poemas ... meus semelhantes... o dia... a noite... Chega de revelações!
Volto vencida, pedindo pra ficar! Já cansei de entender, de chorar sem querer. Renuncio as etiquetas superficiais. O que importa é o silêncio noturno deste instante. Então, estou no agora! Onde voam meus pensamentos, e meu olhar tristonho não alcança. Meu coração descansa aqui! O nada também dói! Não enxergo nenhuma saída emergencial!
Ando desnorteada... O barulho me causa aflição. Há um bulício de agitação que se avolumam em um trajeto confuso. A multidão me confunde e me estressa! Toda escolha impensada exige o sacrifício de alguma renúncia. Respiro e procuro me conter a esta tristeza. Estou tão frágil que vou me quebrar em pedaços e eu mesma juntarei os cacos. Penso e retrocedo ao antes... Crio coragem para sucumbir a dor que ainda mora em mim. Saio, enfim, desta angústia! Acolho-me com a paz do céu sossegado. Estou mais exigente com o luar. Insisto e me valho dos pedaços que a noite me proporciona. Pois mesmo com a paz noturna, ainda me encontro com o vazio!

By Flor

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Aprendi



Aprendi com você que devo construir todas as estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos e o futuro tem costume de cair em meio ao vão.
Aprendi que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam.
Aprendi também que não importa quão boa seja uma pessoa, ela sempre vai nos ferir de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprendi que falar pode aliviar as dores emocionais, e muitas vezes se calar nos torna mais amargos e com isso perdemos alguns segundos de nossas vidas, por isso desabafar é preciso.
Aprendi que leva tempo para construir confiança e apenas segundos para destruí-la.
Aprendi também que você pode fazer coisas num instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprendi que o importante não é o que você tem na vida, mas sim, quem você tem dela.
Aprendi que as pessoas com quem você mais se importa na vida, são tomadas de nós muito depressa, por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a ultima vez que a veremos.
Aprendi que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Aprendi que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão.
Aprendi que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão dedicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprendi que paciência requer muita pratica.

Aprendi que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que tive e o que aprendi com elas, do que com quantos aniversários celebrei.
Aprendi que se porque alguém não me ama do jeito que eu gostaria, não significa que esse alguém não me ame com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas, simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
E ainda aprendi que não importa em quantos pedaços meu coração foi partido, o mundo não pára para que eu conserte.

By Flor

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Pensamentos...




Pensamentos que me afligem

Sentimentos que me dizem

Dos motivos escondidos

Na razão de estar aqui

As perguntas que me faço

São levadas ao espaço

E de lá eu tenho todas

As respostas que eu pedi


Quem me dera

Que as pessoas que se encontram

Se abraçassem

Como velhos conhecidos

Descobrissem que se amam

E se unissem na verdade dos amigos

E no topo do universo

Uma bandeira

Estaria no infinito iluminada

Pela força desse amor

Luz verdadeira

Dessa paz tão desejada



Sentimentos que me dizem

Dos motivos escondidos

Na razão de estar aqui

E eu penso

Nas razões, na existência

Contemplando a natureza nesse mundo

Onde às vezes

Aparentes coincidências

Têm motivos mais profundos

Se as cores se misturam pelos campos

É que flores diferentes vivem juntas

E a voz dos ventos

Na canção de Deus

Responde todas as perguntas


Pensamentos que me afligem

Sentimentos que me dizem...

Dor no corpo

Febre

Silencio

Recolhimento...

Nem sonhos, nem encantamentos...

Apenas algumas ilusões saborosas e nada além...




By Flor...

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Máscaras



Hoje me vi em meio a águas correntes, foi um rio que me invadiu de repente e encheu meus olhos de saudades.
Não se podem conter as lagrimas, elas renovam, purificam a alma e inundam minha face. Você transborda em mim...
Minha aparência é tranqüila, mas, é apenas uma máscara superficial que sempre varia e esconde. Por baixo não há tranqüilidade, complacência ou calma, por baixo, está meu mal em confusão, medo e abandono. Oculto tudo isso por não querer que ninguém veja. Fico em pânico ante a possibilidade de que minha fraqueza fique exposta e é por isso que, às vezes, crio máscaras, atrás das quais me escondo com a fachada de quem não se deixa tocar, para me ocultar do olhar que sabe. Esse olhar, na verdade, é justamente a minha salvação, que talvez seja a única coisa que pode me libertar de mim mesma, dos muros da prisão que levantei a punhos e das barreiras que dolorosamente construo.


By Flor

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Complacência...



Sou uma eterna apaixonada pela vida e pelos seres humanos, a fonte de surpresas que Deus manda a nós atiça ainda mais a minha sede de conhecer um mínimo da sua pluralidade...
Ninguém conhece ninguém e a verdade é incontestável, podemos observar isso nas trombadas com o cotidiano. Uma descarga hormonal ou emocional muda severos comandos pessoais, modifica o curso da vida, ciclos então nem se fala e por aí vai...
Essa multifacetagem humana me fascina e desobriga de julgar ou condenar a mim e muito menos os meus pares, no balanço desordenado da inquietude de ser, de ser mutável perante todas as formas e situações. Se o homem amasse o seu próximo um centésimo do que ele se ama, o mundo seria um paraíso sem precisão de reformas ou retoques.
Somos absurdamente condescendentes para tratar dos nossos próprios defeitos e limitações, porém a nossa voracidade se faz a mais presente quando empenhada para tripudiar e atacar as falhas alheias. Falhas estas que invariavelmente só as enxergamos porque também as possuímos.
Sempre encontramos uma forma de nos perdoar, uma forma de na verdade justificar uma falha, com o péssimo pretexto de não admitir nossos deslizes por inteiro. E não adianta pagar o desabafo nos divãs, uma vez que ficou longe o tempo de lavar a alma na graça dos confessionários...
Refletido em águas límpidas ou no espelho, jamais admitimos algum exagero nas formas do corpo, um traço mal acabado sem pensar: o outro está pior... Somos fiscais auto-nomeados dos conhecimentos diários, juramos que resolveríamos os problemas do mundo se estivéssemos em posição de destaque e consideramos um absurdo o sucesso do João ou do Pedro não ser o nosso. Pregamos a caridade com o chapéu alheio acreditando comodamente nas melhores condições do semelhante. Damos aulas de moral com propriedade, reinventamos conceitos e valores, julgamos setenta vezes sete, justificando e santificando-nos na mesma proporção.
Se a autocrítica vingasse no meio da sociedade impiedosa onde crescem o egoísmo, a sede de dominar, o culto a si próprio, muitos problemas seriam minimizados. Na verdade, acredito que a grande maioria dos problemas estariam resolvidos...
Quando nos colocamos na condição de críticos ambiciosos e não nos “criticamos”, arriscamos a nossa dignidade, o sossego, a harmonia, a estabilidade... Nossas atitudes provém do nosso estado de espírito, não podemos nos redimir a mediocridade das coisas materiais, da pessoas banais e dos valores artificiais.
Hoje em dia, chega a ser heróico abaixar a crista, reconhecer limites, aceitar críticas, porque o ego do homem moderno extrapola as suas dimensões. E porque de não reconhecer e aceitar nossas falhas? Somos falhos a todo o momento e não devemos julgar o próximo nunca, uma vez que podemos ser tão falhos ou pior do que ele... Precisamos aceitar a nossa imagem, por dentro e por fora... Essa aceitação geraria um alívio para as angústias, cobranças e tensões...
O tempo passa e não poupa, deixa desgastes sem distinção, pura ilusão a nossa se continuarmos a viver o lado superficial e artificial da arte da vida... Esse teatro diário que Deus criou, com caras e bocas, frases e rimas, músicas e dança... Somos tão completos, vamos nos amar e respeitar mais??
E afinal, porque o título do texto foi escolhido como Complacência?? O que é complacência??
Complacência segundo o dicionário, “pai dos burros” mais informalmente conhecido (rs), quer dizer benevolência, comprazer, condescendência...
Precisamos ser humildes e complacentes sempre e acima de tudo nos perdoar, perdoar e aceitar o nosso “irmão” semelhante... Não podemos simplesmente nos acomodar, achando sempre que o outro estava errado, pensando se tivéssemos feito isso ou aquilo, mas, que “fulano” não fez o que deveria... E no nosso cotidiano, como lidaríamos com as perdas?? Julgando sempre?? Deus nos ama independente de nossas falhas, tem misericórdia e nos perdoa mesmo nos nossos piores pecados...

Eis algumas perguntas que nos levam a identificar as perdas ocorridas em nosso cotidiano:
_ O que fazer: quando estava tudo programado para dar certo e, de repente, pintou aquela “zebra”?
_ O que fazer: quando as certezas se transformaram em promessas falsas e utopias?
_ O que fazer: quando alguém insiste em ser um detrator na posição de um grande amigo seu?
_ O que fazer: quando todas as suas forças já se esgotaram no sentido de perdoar os erros do outro?
_ O que fazer: quando o mundo parece não ouvir as suas observações e os seus pedidos de mudança?
_ O que fazer: quando, inesperadamente, surge uma doença grave na sua família?
_ O que fazer: quando todo mundo ao seu redor só quer ganhar e continuar rindo do seu longo período de más influências?
_ O que fazer: quando você reconhece aquela pessoa que, indubitavelmente, age como um “lobo fantasiado de cordeiro”?
_ O que fazer: quando morre uma pessoa da qual você julga receber uma proteção quase que divina?
_ O que fazer diante de todos os percalços da vida?...

É preciso apenas SORRIR, mesmo forçadamente, para que se inicie o processo de interações com o universo, dando espaço para o exercício de um lado, aparentemente oculto, do ser humano: a COMPLACÊNCIA.


By Flor

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Jogar com a Vida



Observo a vida como um jogo. Acho que todos fazem isso. A diferença que sinto nessa conclusão é aceitar as regras. Quando as regras do jogo não são aceitas, temos pessoas frias, insensíveis, maldosas, corruptas, mentirosas.
Ainda que uma pessoa normal não seja um jogador 100% perfeito, temos a chance de mudar algumas regras. Não mudar tudo, mas adaptar a nossa realidade.
Digo isso por observar como evolui ao longo dos meus poucos anos de vida. Jogo, mas ainda dou umas trapaceadas. Jogo para ganhar. Não piso nas pessoas, não gosto de mentir, não gosto de ter que jogar de forma desonesta. Mas procuro ser uma jogadora de verdade, sem medo de errar, sem medo de perder e todas as vezes que vejo que vou perder eu dou uma guinada e mudo.
Acredito ainda num Deus que traçou os caminhos no tabuleiro e lança os dados. Não dá para saber exatamente aonde tudo isso termina. Ou se realmente termina. O que vale é deixar acontecer e estar aberto aos caminhos.
Não podemos simplesmente aceitar tudo e muito menos se dar por vencido quando às vezes as peças voltam algumas casas.
O fim de tudo é a realização da vida, a realização pessoal, familiar, profissional. O jogo deve ser encarado com vivacidade, alegria, coragem. Desistir da vitória? Nunca!!


By Flor

domingo, 20 de abril de 2008

Marcas do Tempo...



O tempo passou
deixando suas marcasselados no corpo,
gravados na alma... Nosso amor foi crescendo,
Fomos dois amantes perfeitos,
Durante todo o nosso tempo.

Surgiram então as dúvidas,
O medo de ser demais ou de menos,
E você acabou se tornando,
Mais ou menos...
Mudamos... Amadureci, cresci,
Não via mais o verdadeiro sentido,
Da nossa história,
Porém o sentimento e as esperanças,
Ainda se faziam fortes e presentes na minha memória...
O pensar, o sentir, o falar,
Tudo mudou,

A insegurança conta de mim tomou,
Mesmo descrente eu quis esse amor,
Por sentir que era forte, marcante,
E foi nessa que meu coração errou...
Você não foi forte o bastante,
Para enfrentar a tempestade,
Foi aonde mais sofri,
Perdida nas tuas inverdades...
Antes eu tivesse desistido,
Quando pressenti,
Que o seu amor era bandido...

Meu coração ficou dilacerado,
Com a partida, com o descaso,
Com a constatação do fato,
De que eu nunca fui pra você,
Nada mais, nada menos,
Que um diferente “prato”.

Hoje estou aqui,
Forte, valente, sofrida,querendo, buscando, sentindo...
Meu corpo ficou marcado,
Meus olhos magoados,
Percebo agora o tempo passado,
Uma ilusão ótica...
De como tudo deu errado!


By Flor

sábado, 12 de abril de 2008

Aos meus pais...
















Obrigada por vocês existirem

e por serem quem são:
mais que apenas pais biológicos.
Obrigada pela dedicação,
pela amizade,
pelo companheirismo.
Obrigada pela vida
e pelo orgulho que é
ter nascido de vocês.
Obrigada pelos ensinamentos,
pelos sermões,
pelos castigos,
pelas palmadas
e, principalmente pelos exemplos.
Eles são valiosíssimos.
Obrigada pelos agrados
e principalmente pelos desagrados.
Assim, eu pude ver que
na vida
nem tudo é como a gente quer
Aprendi a ter limites
a ser mais “gente”.
Obrigada pelas preocupações
sei que muitas vezes
fui (e ainda sou)
causa de inapetência e insônia.
Obrigada pela caminhada,
pela luta,
pela lida.
Aprendi com vocês
A ter coragem,
a não desanimar,
a saborear a vitória.
Obrigada pelas mãos entrelaçadas na minha,
doando-me confiança,
na certeza de estar indo por caminhos seguros
e na certeza de que terei sempre onde amparar
caso eu tropece.
Obrigada por tudo que vocês planejaram e fizeram,
por tudo que planejaram e não fizeram
e pelo o que fizeram sem planejar.
Obrigado pelas renúncias...
Perdão por tudo que fiz,
por tudo que não fiz
e pelo que pensei em fazer.
Deus abençoe vocês
E me abençoe também
Dando-me a alegria
de tê-los por muito tempo ainda.

 
Mena Morena

 
Lindo texto não resisti e copiei com créditos é claro!!! Aqui diz tudo o que eu gostaria de dizer aos meus pais...

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Sem medo!




"...Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte! Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente. Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a. Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!"


Fernando Pessoa

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Vida...



"Chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram, pelo que tentei ser correto e não foram comigo. Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas tentativas de aproximação. Tenho vergonha de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ela, como um cão com seu osso.
A única magia que existe é estarmos vivos e não entendermos nada disso. A única magia que existe é a nossa incompreensão."


Caio Fernando Abreu 

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Relembrando...



Hoje estou só
Uma lágrima rola devagar
Na garganta um nó
Sinto a voz embargada
A lágrima chega aos lábios...
Amarga e não mais salgada.

E a noite corre veloz
Cama vazia, noite fria...
Sob a luz do abajur
É a única claridade
No meio da minha solidão,
Faço poesias que a outros encantam
Mas a mim, expressa só saudade...

Saudade que cresce dia a dia
E não se dissolve, trazendo consigo
Dias longos e de melancolia
Sinto na pele, a dor latente, a falta sentida,
De um amor impróprio,
De uma paixão bandida.

É o castigo sereno
Da saudade infinita,
Do sonho sonhado,
Da felicidade colorida,
Dos corpos molhados,
Com o meu jeito de querer,
Com o seu jeito de me ter,
Suados, extasiados,
De tanto prazer.

De sonhos eu vivi,
E você foi meu alimento,
Na fala dos corpos,
Na magia dos momentos,
Hoje só me resta a lembrança,
De tudo o que tivemos,
Porém acabou-se a esperança,
De um dia voltar a ter,
Na minha vida tua presença.

E essa lágrima sentida,
Num repente se secará,
Quando pelos meus olhos passar,
O flash da história vivida,
Dos soluços e insônias das madrugadas perdidas,
De tudo que dei e fiz,
Acreditando num amor de conto de fadas,
No amargo que colhi depois,
Com as tuas certezas inválidas,
De tudo o que me fez acreditar,
Dos sonhos que me fez sonhar,
Da tua ingratidão a me massacrar,
Da falta de verdade a te acovardar,
De uma pureza e beleza de sentimentos que só eu tive,
Como uma flor fui pra ti ao desabrochar,
E você não teve cuidado, tato, não soube regar,
A tristeza fez a flor murchar,
E na primavera da vida...
Certamente pra ti nunca mais florescerá.


By Flor

sábado, 29 de março de 2008

Recomeçar...



"E recomeçar é doloroso. Faz-se necessário investigar novas verdades, adequar novos valores e conceitos. Não cabe reconstruir duas vezes a mesma vida numa só existência. É por isso que me esquivo e deslizo por entre as chamas do pequeno fogo, porque elas queimam - e queimar também destrói."


Caio Fernando de Abreu

quinta-feira, 27 de março de 2008

Aconteceu com a gente...



Sobras de minha existência pela casa, escondidas para não irritar a nova mocinha. Meu pijama sufocado num canto da gaveta para que nenhuma lembrança respire. Meus chinelos abduzidos no meio da "sapataiada", tão pequenos que quase inexistem ou poderiam passar tranqüilamente por pares de criança. Fotos, milhares delas, guardadas sem carinho, uma preguiça triste de arrumá-las em álbuns. Estão lá, paralisadas em momentos felizes, tradutoras de uma vida que quase foi, trancadas porque o que quase foi não pode atrapalhar o que ainda pode ser. Talvez um fio de cabelo, o último deles, esteja nesse momento sendo varrido e levado pelo vento forte e solitário que não deixa dúvidas que o inverno chegou. Inverno que era sempre comemorado porque eu sabia que ele não sentiria tanto calor para dormir e eu poderia ser abraçada de conchinha o tanto que desejasse.
Saudade não é ex, tampouco amor. Mas a vida da qual abrimos mão por um sonho (ou por um erro) é passado. E de escolhas e de perdas é feita a nossa história. Não há nada que se possa fazer a não ser carregar por um tempo um peso sufocante de impotência: eu escolhi que aquele fosse o último abraço. Agora é outra que se perde em ombros tão largos, tomara que ela não se perca tanto ao ponto de um dia não enxergar o quanto aquele abraço é o lado bom da vida. Da vida que te desemprega mesmo depois de tantas noites em claro e de tantos beirutes indigestos. Da vida que te abre uma porta que você jura ser a certa mas quando resolve entrar descobre uma desilusão e outra mulher esperando no quarto. Da vida que te confunde tanto que você quer se afastar de tudo para entendê-la de fora. Da vida que te humilha tanto que você quer se ajoelhar numa igreja. Da vida que te emociona tanto que você não quer pensar. Da vida que te dá um tapa na cara pra você acordar e não tem ninguém pra cuidar do machucado e dizer que vai ficar tudo bem. Da vida que te engana. Aquele abraço era o lado bom da vida, mas para valorizá-lo eu precisava viver. E que irônico: pra viver eu precisava perdê-lo.
Se fosse uma comédia-romântica-americana, a gente se encontraria daqui a um tempo e eu diria a ele, que mesmo depois de ter conhecido homens que não gritavam quando eu acendia a luz do quarto, não tinham uma mania insuportável de não conseguir tomar decisões sozinhos, não amavam os amigos acima de tudo, não catarrava na rua, não cantavam tão mal e não tinham a mania de aumentar o rádio quando eu estava falando, não ligavam se eu confundisse nomes de comidas, nomes de capitais, movimentos artísticos, datas de revoluções e nomes de queijo, era ele que eu amava, era ele que eu queria. E ele me diria que, mesmo depois de ter conhecido mulheres que conheciam a Europa e não entupiam o ralo com cabelos, mulheres que tinham nascido em bairros nobres e charmosos de São Paulo, mulheres que arrumavam a cama e não demoravam tanto para sentir prazer, não entravam de sapato no carpete, não tinham os dentes da monica, não eram tão assustadas, não brigavam por causa de motos, não reclamavam do ar-condicionado e nem tinham medo de perder a mãe ou transtornos obsessivos compulsivos, era eu que ele amava, era eu que ele queria. Mas a realidade é que não gostamos desses tipos de filmes fracos com final feliz, gostamos dos europeus, onde na maioria das vezes as pessoas sofrem e perdem, assim como aconteceu com a gente...


By Flor...

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